Resenha 129 | Faça amor, não faça jogo

Título: Faça amor, não faça jogo
Autor: Ique Carvalho
Editora: Gutenberg | 2014 | 224 páginas

Sinopse: Viver a plenitude do amor é o desejo senão de todas, ao menos da maioria das pessoas. Amar e ser amado incondicionalmente, contar com o apoio de alguém para as horas difíceis e para os momentos alegres, e saber que independentemente do que fazemos, alguém estará ao nosso lado simplesmente pelo que somos é o ideal de vida de muitos.

Viver esse amor na prática, no entanto, nem sempre é fácil. E é exatamente sobre felicidade, vida e amor que Ique Carvalho fala neste livro. O autor, que começou escrevendo em seu blog e já tocou o coração de milhares de pessoas que se envolveram e se emocionaram com suas palavras, descreve com perfeição o amor que muitos procuram e poucos realmente encontram. E ele fala do amor em todas as suas expressões: desde o romântico entre duas pessoas até o mais puro e verdadeiro dos laços familiares, que ele tem com seu pai e mentor.

Como as relações humanas são frágeis e complicadas, os relacionamentos tornam-se difíceis, o que nos faz buscar a felicidade nos lugares ou nas pessoas erradas. Mas o autor nos faz enxergar a vida de forma diferente. Faça amor, não faça jogo é um lembrete de que, no jogo do amor, não é necessário haver ganhadores ou perdedores. Basta olhar e aceitar novos paradigmas e acreditar no que diz seu coração. E vivenciar isso de verdade.

Resenha

por Bianca

Não sou do tipo de leitora que chora com histórias românticas ou dramáticas. Eu não chorei com A Culpa é das Estrelas. Sinceramente, não acreditava que, na vida real, pudessem existir mocinhos do tipo Gus, Travis, Darcy e tantos outros.

Gosto de romances, mas apenas naqueles períodos de TPM. Eu achava que meu coração fosse diferente das demais mulheres, nunca acreditei nesse lance de homem que realmente ama e move o mundo para ver sua companheira sorrir.

Até conhecer Ique Carvalho…

Conheci o livro nas redes sociais e o desejei pelos motivos errados: a edição é linda e queria esse livro para embelezar minha estante. A Taty (do blog A Culpa é dos Leitores), então, me presenteou com um exemplar, se eu não estou enganada, no ano passado. Ela elogiava tanto esse livro e disse que havia chorado ao ler. Pronto, já foi um motivo para eu não querer lê-lo tão cedo. Não gosto de nada emotivo.

Quando você sonha, a razão dorme e o coração acorda.

Então, deixe o seu coração guiar você.

Ele é o único que pode, um dia,

Levá-lo até o maior sonho de sua vida. (p. 17)

Ao visitar minha casa, uma das minhas melhores amigas, a Natália, o viu em minha estante e perguntou se eu já havia lido. Quando soube a resposta, ficou com uma cara de espanto, como se eu tivesse declarado que cometi um assassinato. Ela passou a enviar links de seus textos preferidos pelo Facebook (garota insistente) e alguns realmente lia e gostava, outros não. A menção de “ler” e “chorar” na mesma linha são motivos para que me afaste.

Eu costumava ser mais feliz.

Hoje está tudo meio “tanto faz”. (p. 20)

No dia 18 de novembro, finalmente me rendi à leitura. E já na introdução passei a acreditar que mocinhos de livros românticos existem. E foi também na introdução que derramei um punhado de lágrimas.

Faça amor, não faça jogo é o livro mais sensível que já li.

Corrigindo: Ique Carvalho é o escritor mais sensível que já conheci. Não, não o conheci pessoalmente. Mas seus textos me permitem afirmar que o conheço.

Eu duvidava disso, mas ele realmente nos faz mudar a forma de pensar e agir. Ele consegue plantar “amor” dentro do leitor. É estranho imaginar isso, mas aprendi com a leitura que amor não se explica. Ele me fez enxergar que ser “mulherzinha” não é problema nenhum. Que somos frágeis enquanto humanos e estamos de passagem, e por isso devemos amar mais e nos deixar ser amados.

...as mulheres não são frágeis.

Elas só querem alguém para sorrir junto. (p. 28)

Um livro que nos permite mudar para melhor. Que transforma nossa forma de enxergar o amor e a nós mesmos.

É intenso, emocionante e único. Ele compartilha fatos sobre si mesmo que nos inspiram. Conseguimos ver o amor que ele depositou em cada texto durante a leitura. E isso é a coisa mais surreal que pode ocorrer com um leitor: sentir aquilo que o autor sentiu ao escrever.

Não adianta, eu sou um apaixonado declarado. (p. 115)

Descobri que sou, sim, romântica. Do meu jeito. E me permiti chorar durante a leitura, afinal, isso prova que tenho um coração que se importa até mesmo com quem não conheço pessoalmente. E chorei ainda por mim mesma, pelas tantas vezes que não demonstrei amar pelo simples fato de achar vergonhoso.

Primeiro você, depois o mundo. (p. 209)

Claro que recomendo a leitura para todos. 

Com certeza se tornou meu livro de cabeceira.

A vida é a coisa mais frágil, instável e imprevisível que existe. (p. 28)

Avaliação:

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Sobre o autor: 

Nasceu em 1980 em Belo Horizonte (MG). Caçula de três irmãos, sempre foi fascinado por pessoas e suas complexas relações, o que o levou a cursar Psicologia na Universidade Fumec (MG). Após três anos de incertezas, decidiu abandonar o curso depois que uma professora leu um texto seu e disse emocionada: “Você não é psicólogo. É escritor”. Formou-se então em Publicidade e Propaganda na mesma universidade, e trabalhou em algumas agências, até abrir a sua própria, em 2009, onde é diretor de arte. A paixão por escrever o levou a criar um blog em 2010. Em junho de 2013, dois fatos mudaram totalmente os rumos de sua vida e de seu blog: na mesma semana viveu o fim traumático de um relacionamento, seu pai recebeu o diagnóstico de uma doença degenerativa grave e irreversível. Começou a partir daí a contar no blog histórias tocantes sobre a vida, o amor, e sobre seu pai, com as quais milhares de pessoas se identificaram, e em pouco tempo o blog se popularizou, atingindo milhões de visualizações, assim como sua página no Facebook, que já tem mais de 110 mil fãs. Este livro marca sua estreia como autor.

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