[Entrevista] Vera Lúcia Cervi Mattei

em 19.5.14
V
amos conhecer mais uma querida autora que, carinhosamente, aceitou ser entrevistada para a Ação Eu Valorizo a Literatura Nacional!

Desta vez apresento a vocês a gentil parceira Vera Lúcia Cervi Mattei, autora de Arthannya. Recentemente, tive o prazer de estabelecer parceria com ela e estou ansiosa para degustar da sua escrita. 

Vamos conferir?


1. Como foi seu primeiro contato com a leitura?

VLCM: Olá, Francine! Primeiramente gostaria de agradecer por esta oportunidade em poder falar um pouquinho do meu trabalho e de mim. É sempre muito gratificante.
Agora respondendo à pergunta, eu sempre gostei de ler, mas foi na adolescência que passei a amar os livros de um modo geral. Penso que foi minha mãe que me influenciou a entrar de cabeça nesse mundo maravilhoso que a leitura nos proporciona. Ela sempre foi uma leitora compulsiva, digamos assim. Rsrsrs

MQS: Vera, a gratidão é minha pela oportunidade de entrevistá-la Adorei saber que sua mãe é uma "leitora compulsiva" (rs). O exemplo materno nunca se esquece.

2. Na infância, qual era sua relação com os livros? 

VLCM: Os meus pais sempre nos incentivaram a ler, nos presenteando com coleções de livros. Nossas estantes eram repletas de contos de fadas, fábulas e até gibis e algumas guardo até hoje como a coleção de Monteiro Lobato: Reinações de Narizinho.
Naquela época, sem os computadores para nos distrair, a gente passava horas lendo e ouvindo os disquinhos que vinham com as histórias. Era muito gostoso e divertido.


3. Quando você começou a escrever?

VLCM: A escrita surgiu há uns quatro anos, numa época em que “devorava” livros e mais livros. Ao término de cada história sempre costumo pensar em novos caminhos que o autor poderia ter traçado, diferentes finais e acho que isso contribuiu para me inspirar e me tornar um pouco mais crítica. 

MQS: Adorei saber disto, Vera, porque muitos leitores terminam os livros com tais devaneios ~  Seria incrível se decidissem também escrever suas ideias, ampliando ainda mais a nossa literatura.

4. Quais são suas inspirações para escrever? Tem algum autor ou livro como referência?

VLCM: As inspirações vêm de toda parte. Eu sinto que cada história (seja em filmes, livros ou mesmo na vida real) que vejo e gosto, acabo assimilando algo e isso, certamente, influenciou e continuará influenciando na minha formação como escritora. 
Em relação a literatura tenho uma preferência, em especial, pelo romantismo de Nicholas Sparks e pela ousadia de J. R.Ward. Diário de Uma Paixão (Nicholas Sparks) é um livro que indico para todos.


5. Quanto tempo levou para escrever Arthannya e como foi a experiência?

VLCM: Acredito que foi por volta de um ano para concluir toda a história e mais alguns meses corrigindo e modificando alguns trechos. É impressionante como não paramos de mexer depois que finalizamos o livro. A cada correção feita, a gente modifica um pouquinho. rsrsrs.
Posso dizer com segurança que escrever Arthannya foi maravilhoso e me fez muito bem. Um presente que agradeço todos os dias.


6. Considerando ser um livro de fantasia, como foi seu processo criativo ao desenvolver todo o contexto de Arthannya?

VLCM: Como não tinha nada muito certo quando iniciei essa história (apenas algumas noções), posso afirmar que o processo criativo veio acontecendo aos poucos. As ideias apareciam aleatoriamente enquanto escrevia ou até mesmo em outras situações. Pesquisei alguns assuntos na internet e vivia pedindo ajuda aos meus filhos e meu marido, quando precisava escolher ou inventar um nome diferente para algum personagem. 
O próprio título Arthannya foi votado e escolhido por eles, em uma das nossas inúmeras viagens para o interior.

MQS: Que bacana! A família toda ajudando na produção do seu livro foi, com certeza, uma experiência que o torna ainda mais especial.  

7. A sinopse do seu livro é maravilhosa! Faz pensar que você desejou apresentar quão forte pode ser o amor para romper os obstáculos. Foi isso mesmo? Há sentimentos ou valores específicos que desejou transmitir por meio de Arthannya?

VLCM: Fico feliz que tenha gostado. Penso que as interrogações presentes na sinopse instigam ainda mais os leitores a querer ler e isso é muito bom. Certamente que procurei ressaltar esse poderoso sentimento entre eles e acredito que somente algo tão forte como o amor é capaz sim de superar qualquer barreira e sobreviver. Também introduzi na história outros valores que considero importantes como a preservação do meio ambiente, o respeito e a amizade e, principalmente, a evolução do ser humano.


8. Seu personagem Toran é muito comentado entre os leitores, e já estou ansiosa por conhecê-lo (rs). Poderia descrevê-lo um pouquinho? Como foi o seu processo de construção desse personagem?

VLCM: O Toran é uma mistura de todos os personagens que me encantaram ao longo dos anos. Queria alguém que fosse forte e determinado, mas também protetor e sensível e, principalmente, que colocasse o amor em um lugar muito especial em sua vida e em seu coração. As suas características vão além dessas, mas para saber mais sobre ele vão precisar encontrá-lo em Arthannya. rsrsrs

MQS: Já estou me vendo apaixonada pelo Toran 

9. Quais são seus próximos projetos literários? Está trabalhando em algum deles no momento?

VLCM: Por enquanto estou engajada na continuação da história. Eu sempre pensei em Arthannya como uma trilogia, mas somente tive a certeza de que continuaria a escrever ao me deparar com a ótima receptividade dos leitores frente ao meu trabalho. Eles me deram a confiança de que precisava para seguir em frente. Só tenho que agradecer.


10. Quais as dificuldades para que um autor consiga ser publicado e conhecido no mercado literário brasileiro?

VLCM: As dificuldades são muitas, ainda mais se ele for desconhecido. Concordo que, de uns anos pra cá, cresceu muito o número de pessoas que querem uma chance para publicar seu trabalho e, talvez, esse seja um dos motivos que levaram as editoras a não dar conta dessa demanda, restringindo ainda mais as oportunidades. Afinal de contas, por que se dar ao trabalho de ler aquela pilha de originais que chegam diariamente quando você pode investir numa história de um autor reconhecido em outros países e que já é sucesso garantido, não é mesmo? Infelizmente é isso que ocorre. Ainda são poucas as editoras que tem um olhar diferenciado para o autor nacional, mas se você acredita em seu trabalho, vale a pena insistir.


11. Como você vê a literatura brasileira atualmente? Quais são suas perspectivas quanto a ela?

VLCM: Lentamente em ascensão. Acredito que algumas mudanças vêm ocorrendo aos poucos, porém, longe de ser o ideal. É preciso dar mais crédito aos autores brasileiros que costumam ser bem criativos em tudo que fazem. Poderiam acabar com esse preconceito de que tudo que vem de fora é sempre o melhor e, por fim, ampliar o acesso no que diz respeito às publicações e divulgações para que possamos ser presenteados e envolvidos por ótimas obras literárias. 


12. Qual livro nacional você recomenda? Por quê?

VLCM: Vários autores brasileiros vêm se destacando nos últimos tempos (em diversos gêneros) e realmente fica difícil apontar um ou dois. Quem realmente gosta de ler e está por dentro das novidades que estão no mercado já sabem disso. E para aqueles que ainda não descobriram a magia dos livros (independentemente da idade) e não sabem por onde começar, então, recomendo as crônicas de Luís Fernando Veríssimo. É impossível parar de ler.


13. Aos novos autores, você teria alguma dica?

VLCM: Ainda estou dando os primeiros passos nessa nova carreira de autora, tendo apenas um livro publicado. Mas o pouco que sei é que não devemos desistir facilmente de algo que tanto queremos, mesmo que esse desejo possa parecer impossível. Dê o seu melhor sempre. Como? Lendo muito, inovando, ousando e acreditando em seus sonhos.

MQS: Seu primeiro livro está se tornando cada vez maior sucesso, Vera. Considero sua dica uma preciosidade aos novos autores.

14. Deixe um recado aos leitores, incentivando a conhecer suas publicações e a literatura brasileira!

VLCM: Eu espero que os leitores apreciem essa história, pela qual tive o maior prazer em escrever. Em Arthannya irão viajar para lugares distantes, irão conhecer pessoas diferentes e irão descobrir que somente os sentimentos fortes e verdadeiros conseguem transpor barreiras. 
E antes de finalizar essa entrevista, quero dizer que precisamos acabar com a ideia de que os livros estrangeiros são melhores que os nossos, pois, sempre existirá livros bons e livros ruins, não importa o lugar. 
Em relação a literatura brasileira, sabemos que ela passa por um verdadeiro despertar com novos autores surgindo a cada dia cheios de criatividade e garra e, portanto, precisamos dar crédito a essa nova geração que tanto tem para mostrar.
Nem sempre o caminho para publicar um livro é fácil, muito pelo contrário. Por isso é fundamental que todos abracem essa ideia lendo e divulgando mais a literatura nacional. Vocês irão se surpreender!

MQS: Adorei! Não tenho palavras suficientes para agradecer seu carinho em cada resposta…  Obrigada, Vera!

A
ceite o convite da autora e não se limite à leitura dos livros estrangeiros! Que tal começar a apreciar nossa literatura nacional através do livro dela?


Sinopse: Lúcia sentiu algo mudar quando o viu pela primeira vez, despertando em si sentimentos fortes e verdadeiros. E sempre quando encontra aqueles olhos cinza, ela sente sendo sugada a dois grandes abismos, como se ele enxergasse muito além do que é permitido, do que é aceitável. Quem é ele? E de onde veio? Toran leva uma vida cheia de compromissos e responsabilidades. Mas assim que a vê, ela passa a ser sua prioridade. Ele tem uma missão a cumprir. Ele sabe o que quer e o que veio buscar. Toran não recua. Ele avança sem pedir licença. E Lúcia? Será que deve largar tudo para embarcar nessa viagem e mergulhar de cabeça nessa imensidão de sensações? E o que é pior: estará disposta a enfrentar um bombardeio em terras desconhecidas? Sabendo que, no meio desse fogo cruzado, ela precisará se resguardar, se impor e, principalmente, sobreviver?



Interessou-se pelo livro?


O que achou da entrevista? 
Comente sua opinião sobre as publicações e respostas da autora! 





6 comentários:

  1. Estou adorando essas suas entrevistas! As perguntas são sempre muito criativas.
    Também entrevistei um autor nacional, minha primeira entrevista, e amei.

    Minhas Impressões

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  2. Gostei da entrevista em conhecer a Vera, gostei também do livro, gostaria em conhece hehe! Vi seu blog no twitter e vim aqui conhecer, é tão fofo <3 Comecei um blog, ele é básico mas fiz com muito amor, dá uma visita? Beijos <3
    www.doceliterario.wordpress.com

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  3. Bom dia Fran!
    Mais uma entrevista incrível na maratona de incentivo à literatura Nacional ♥ A Vera é um poço de simpatia, tive (e ainda tenho) a oportunidade de conversar com ela pelo Facebook e ela é uma querida. Espero, em breve, poder ler sua obra, porque a sinopse me encantou demais!
    Fiquei imaginando como seria a vida sem internet, apenas aproveitando as horas de descanso para ler ou fazer algo mais 'natural'. Acho que estamos ficando muito dependentes desse "bem", que nos ajuda e atrapalha simultaneamente. E o apoio que a Vera teve (e ainda tem!) da família deve ser algo impagável. Adorei saber mais detalhes sobre o processo de criação da obra, e assim como você, também acho que irei me apaixonar por Toran ♥


    Milhões de beijos ♥
    Blog Procurei em Sonhos

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  4. Oi Fran
    Pensa na minha felicidade quando soube que somos colegas de profissão e adoramos livros? Estou no segundo ano de psico ainda hehe
    Adorei a entrevista, super interessante!
    Beijos
    http://leitoraemlondres.blogspot.com.br/

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  5. Faço a mesma coisa que ela. Sempre que termino o livro, fico imaginando quais os outros caminhos o autor poderia ter tomado.
    Adorei a entrevista.

    M&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de Maio

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  6. Oiee ^^
    Não conhecia o livro, nem a autora, mas a sinopse me deixou bastante curiosa, sem contar que a capa é lindaa ♥ amei ♥
    MilkMilks
    http://shakedepalavras.blogspot.com.br

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