Resenha 13 | Extraordinário

Título: Extraordinário

Autora: R. J. Palacio
Editora: Intrínseca (2013, 320 páginas) 

Sinopse: August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade... até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.

Resenha

Sabe aquele livro que nos faz pensar sobre o que realmente importa na vida? Assim é Extraordinário. Com a narrativa em primeira pessoa, conhecemos August Pullman, um garoto de apenas 10 anos de idade, mas com uma experiência de vida que o faz ter maturidade (e por que não sensibilidade?) em maior proporção do que muitas pessoas mais velhas teriam.

August, carinhosamente chamado de Auggie, é portador de uma doença genética que o fez nascer com o rosto deformado e algumas limitações, tal como sua frágil audição. Seu rosto é tão desproporcional que causa repulsa e uma cruel curiosidade nas pessoas, motivos pelos quais a família de Auggie decidiu educá-lo em casa até completar 10 anos. Então, com planejamento, seus pais acharam que seria importante deixá-lo experimentar estudar numa escola regular pela primeira vez. Assim começa Extraordinário, envolvendo-nos numa torrente de emoções que as situações da vida escolar infantil trazem para a vida de alguém com as características do Auggie.

Crianças podem ser maldosas quando assustadas, não é? A maneira como excluem o que desconhecem pode ser uma das piores lembranças que uma pessoa terá em vida. Nesse livro, encaramos o preconceito junto ao Auggie, mas de um jeito que não se perde o encanto da infância e a sensibilidade que somente uma criança poderia demonstrar. Se há uma lição que aprendemos ao ler Extraordinário, com certeza o Auggie a resumiu nesta frase:

Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo.

O melhor de Extraordinário, para mim, foi a estrutura da obra! Não temos somente a narrativa do ponto de vista do Auggie, mas também compreendemos sua situação (e importância para as pessoas) dos pontos de vista dos seus amigos, da sua irmã e até mesmo do seu cunhado. Notamos quão fundamental é o papel de cada personagem para tornar melhor ou pior a vida do Auggie. Algo que atraiu a minha atenção, por exemplo, foi a maneira como o diretor da escola conduziu a inclusão do Auggie na classe e superou os obstáculos que os pais dos outros alunos muitas vezes causaram. Há cenas comoventes e outras ultrajantes, mas todas – sem exceção – foram necessárias para a harmonia da obra.

Grande é aquele cuja força conquista mais corações pela atração do próprio coração. (diretor da escola)

Destaco também a habilidade da autora ao desenvolver uma história que teria tudo para ser triste, mas encontra comicidade e leveza em sua narrativa infantil. Nas palavras desta autora, um tema tão difícil de lidar quanto o bullying se torna envolvente e o faz largar o livro somente quando chega ao fim.

Considero Extraordinário um livro que deveria ser lido por qualquer pessoa, mesmo que a obra possua certa previsibilidade, e recomendo a vocês assistirem ao Book Trailer, pois é um dos meus favoritos no quesito produção e roteiro! (●´□`)♡

A minha edição do livro era a de capa branca e a achei linda! A capa e contra-capa foram perfeitas e a Editora Intrínseca está de parabéns pela qualidade gráfica. Agora você poderá encontrar este livro com a capa azul, a qual também gostei, embora preferisse a anterior.

Avaliação:

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