Poema #5 | Poema XLIV

em 26.8.13
Bom dia, pessoal!
Para começar esta semana, selecionei um poema de Pablo Neruda

Com ele, desejo que possamos amar as pessoas como se ainda não as amássemos; como se ainda estivéssemos nos encantando a cada dia e quase as amando enfim. Daquele jeito que não caiamos na rotina, ainda insatisfeitos com o (pouco) amor cativado; ainda dispostos a amar mais.

É sobre isso que este poema nos fala. Sobre amar nunca ser suficiente; sobre podermos sempre amar um pouco mais.
Poema XLIV

Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.

Meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo.
.
(Pablo Neruda)
.

3 comentários:

  1. Que poema lindo!
    Conheço poucos trabalhos do Neruda e esse poema só aumentou minha vontade de conhecer a obra dele mais a fundo, é genial como brinca com as palavras.

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  2. Amo poemas. É incrível como poucos versos demostram tantos sentimentos.
    Neruda arrasa!!!

    http://rotinadafelicidade.blogspot.com.br/

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