Doenças Literárias

Visitando o blog Meu Amor Pelos Livros, vi uma TAG que gostei bastante e resolvi respondê-la também! :) Espero que apreciem!

A TAG é Doenças Literárias e para cada doença citada deveria citar um livro! Vamos conhecer?

1) Diabetes

Em minha opinião, o livro mais doce que li foi Extraordinário, de R. J. Palacio. Não é um romance, mas o personagem principal é August Pullman, um garoto de 10 anos que encara seus próprios problemas e compreende as pessoas com tal bondade que é impossível não se sentir emocionado. Ele é portador de uma doença genética que deixou seu rosto desfigurado e o livro apresenta sua história diante da curiosidade e do preconceito das pessoas. Narrado em primeira pessoa, Extraordinário é um livro que tornou a minha vida mais doce.

2) Catapora

Um livro que li e não pretendo retornar a ler é O Fã-Clube, de Irving Wallace. Sua história é bastante criticada pelos leitores e não a considero de todo ruim. São vários homens insatisfeitos com a própria vida que, ao se encontrarem por acaso, decidem sequestrar uma artista famosa por sua sedução. Alguns acreditam que ela cederá à ideia do sequestro ao reconhecer a admiração deles, outros pouco se importam e desejam até mesmo machucá-la para tê-la. Este é um livro com cenas tensas de conflito em uma situação ilegal, que rende até mesmo um razoável entretenimento, mas não me faz desejar relê-lo. Nunca.

3) Ciclo Menstrual

Apesar de não achar que esta seja uma doença (?), o livro que a cada período de tempo volto a ler é O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry. Tenho um carinho especial por este livro e considero-o um código de ética pessoal, porque a cada vez que volto a lê-lo aprendo um pouco mais com os personagens. E a cada aprendizagem percebo que me torno alguém melhor. A depender de como estou no momento ao lê-lo, há elementos na história que se revelam completamente diferentes de antes. Este é, também, o livro que sempre recomendo a qualquer leitor.

4) Gripe

Este livro se espalhou como um vírus e acabei contraindo a doença: A Culpa é das Estrelas, de John Green. A empolgação dos leitores aguçou minha curiosidade mais do que a sinopse do livro, mas não me arrependo de lê-lo e me tornei uma grande fã da narrativa deste autor. Este é um livro que merece a fama conquistada, mas me deixou com mal-estar mesmo depois da leitura. Isso porque queria mais dele! Até mesmo a gripe nos oferece alguns momentos inesquecíveis.

5) Asma

O livro que tirou meu fôlego foi Garota Exemplar, de Gillian Flynn. Lê-lo não foi divertido pela sua narrativa descritiva e pela densidade do enredo, mas sua história e a caracterização dos personagens deviam ser de conhecimento obrigatório para qualquer leitor que aprecie um thriller psicológico. As reviravoltas tão amplamente descaradas para o leitor que conhecia a verdade, embora os personagens não, me fizeram perder horas entre suspiros e expressões horrorizadas enquanto lia este livro.

6) Desidratação

O livro que mais me fez chorar foi O Anel de Noivado, de Danielle Steel. Ambientado na II Guerra Mundial, este livro apresenta o romance entre uma alemã e um judeu, ambos vítimas das atrocidades daquela época. Ainda, o livro prossegue na história com o sofrimento dos filhos dessa alemã, e a protagonista sofre tanto que te faz desejar chegar ao final com a esperança de que ela seja feliz. Um livro que revela o valor da família e do amor verdadeiro no contexto caótico da guerra. Acho que, de todos, esse é o melhor livro da autora.

7) Amnésia

Um livro que li e realmente não me lembro com detalhes da história é O Que Você Quiser, de Sara Fawkes. Talvez por ser um livro que segue a mesma moda atual dos romances eróticos: uma protagonista perturbada e apaixonada por um bilionário maravilhoso com complexo de autoridade. Lembro-me vagamente de que a protagonista achava-se gorda e feia, mas ele a fazia se sentir desejada e linda. Acho que foi um dos aspectos do livro que me atraíram, mas nada além disso.

8) Desnutrição

Um livro que faltou conteúdo em minha opinião foi A Morte é uma Serial Killer, de Valentina Silva Ferreira. Quando li a sinopse, fiquei muito interessada! Decepcionei-me com o progresso da história e seu desfecho. A narrativa é ótima e o fato do livro ser de Portugal em nada afetou meu entendimento, mas os personagens eram tão interessantes para serem pouco explorados e envolvidos no enredo como foram. Acho que a obra possuía um potencial maior.

9) Doença de Viagem

O livro que me levou para outro país foi Kaori – Perfume de Vampira, de Giulia Moon. O livro intercala capítulos que se passam na atualidade, em São Paulo, e no Japão do Século XV. A autora não me levou somente para outro país com sua narrativa tão envolvente e descritiva, ela também me levou para outro momento histórico! Eu me vi entre as gueixas, vivendo o sofrimento de uma época na qual representavam um valor que elas mesmas não possuíam, imersas no luxo das artes impressas em cada utensílio. Livro com alto teor violento, mas igualmente poético.

10) Insônia

O livro que me fez perder o sono foi Demian, de Hermann Hesse. São duas as razões: sua leitura era obrigatória durante a faculdade e quando o peguei para lê-lo pela primeira vez já passava da meia-noite. Não consegui ler calmamente para demarcar minhas observações, ao contrário, li o mais rápido que pude durante algumas madrugadas, ansiosa para chegar ao fim e compreender a complexa história. Foi o primeiro livro de Hermann Hesse que li, mas fui tragada para o enredo de tal forma que acabei por não dormir. Depois tive que reler pausadamente para o trabalho solicitado, mas valeu a pena! Um livro perturbador e marcante para mim.

Essa TAG foi muito divertida! Vocês gostaram?

O que acharam dos livros escolhidos?

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